11) Os Deuses e o Divórcio

 



Os Deuses e o Divórcio

Mônica Clemente (Manika)

 

Disseram para mulher encontrar a felicidade no casamento, projetando no homem um deus infalível. 

 

Para o homem, disseram que ele tem que ser forte e provedor. Que o trabalho é a sua vida, o #casamento uma prisão e a mulher um objeto de cama e mesa. 

 

Mas, o homem serve ao feminino e é mais feliz no casamento. Se não, não casava mais do que as mulheres. Como pai, muitas vezes é desconsiderado, mesmo que se dedique aos filhos.

 

A mulher trabalha muito, parindo, cuidando dos filhos e do lar. Gerenciando os ânimos da família, o sustento com um emprego e/ou liberando o homem da lida doméstica.

 

Se o casal se separa, parece que o esforço sincero dos dois foi em vão. É uma dor imensa! 

 

Um homem regido pelo arquétipo de Zeus, ferido pela separação, fica vingativo, fazendo uma lista de mulheres que quebrará o coração. 

 

Se cura ao parar de pensar que é melhor que o pai para a sua mãe. Com esta conexão masculina amará as mulheres sem medo. 

 

Eros negativo, foge para casa da mãe, como ele fez o casamento inteiro. Ao assumir que o casamento forma uma nova família, se cura. Faz isso parando de salvar seus pais. 

 

Poseidon ferido beberá todas e falará mal da ex para os filhos! É irascível! Mas, se recuperar o reino perdido, agradecendo o pai e a linha dos homens, retoma o seu destino.

Aquiles, se não quebrar tudo, vai atacar a ex até fisicamente. Tem que parar de pensar que é um semideus (filhinho da mamãe). E parar de buscar reputação a qualquer preço. 

 

Um guerreiro não usa a guerra para provar a sua masculinidade. Precisa parar de levar as brigas dos seus pais para dentro do casamento.

 

Hades lutará pelo poder se achando uma mãe melhor que a esposa. Sairá deste lugar quando reconciliar com a sua mãe, e parar de ser pai de suas mulheres crianças. 

 

Urano some e tem acessos violentos de raiva para fugir do suicídio. Se cura ao parar de se culpar, fazendo algo que compense o que houve. 

 

Os homens foram substituídos por imagens divinas, tendo que atender expectativas impossíveis de alcançar.

 

Quando descobrem que são de carne e osso, como os seus pais, e nós mulheres os aceitamos e honramos assim, muitas feridas terão fim.

 

Mônica Clemente (Manika)

 

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