37) As Constelações Mitológicas em Brumas de Avalon
Script de Vida em Morgada e Guinevere
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
Embora os scripts de vida de Morgana e Guinevere sejam antigos, eles se atualizam na forma como tratamos nossas ancestrais, a começar com a nossa mãe.
O mandato “não se case e não tenha filhos” está encenado em “Brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley. Neste livro e filme, duas mulheres seguem o que outros escolheram para elas.
Morgana, afinada com o arquétipo da sábia, é conhecedora dos mistérios. No entanto, é obrigada a servir aos interesses da deusa sem poder nem escolher o pai do seu filho.
Seu mandato parece ser: “NÃO CASE! Você pode transar e trabalhar, desde que sua dedicação seja para mim, sua mãe, sua religião, seu clã.”
Dito de outra maneira, ela tem relativa permissão à sexualidade e intelecto, mas não à uma vida pessoal.
Sua jornada é em defesa de um ideal além das suas forças, para descobrir, no final, o segredo das transições das eras: tudo pelo o que lutou reaparece no novo mundo de outra forma, se sacrificando ou não.
Guinevere, afinada com o arquétipo da amante, se casa com o Rei Arthur, embora seu coração fosse de Lancelot, fiel cavaleiro do Rei, que a corresponde fervorosamente.
O casamento arranjado tenta manter em paz a antiga religião da deusa, representada por Arthur, com o novo deus cristão, representado por ela.
Guinevere tem outro mandato: “CASE com alguém que cuide dos interesses da sua família. O amor não importa”.
Em outras palavras, ela não tem permissão para se conhecer e sentir, como as filhas devoradas pela mãe ou pelo pai.
Na vida real, estes antigos scripts são atualizados quando a mulher projeta, em suas fantasias, destinos terríveis no casamento ou na gestação, ou se casa sem amor.
Ou critica a mãe por aturar um certo tipo de homem e se ficou em casa cuidando dos filhos. Ou não reconhece e honra o trabalho dela dentro e fora de casa.
Também atuam em quem, por desprezo*, não quer ser igual à sua mãe.
*Antes mesmo das descobertas de Hellinger sobre a repetição de destinos por conta das exclusões, escritos milenares do yoga já falavam da força da aversão em repetir comportamentos.
A solução, como no livro, é deixar as brumas em Avalon, a terra distante dos ancestrais que está sob nossos pés. Como pisamos sobre eles?
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
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