55) Édipo e Electra, Paris e Helena e seus "crimes"

Como se Livrar do “crime” que faz alguém se punir eternamente?

Mônica Clemente (Manika) 

        
        Qual é o “crime” que mantém alguém se punindo? O mesmo que os heróis mitológicos cometem sem nem saber, se punindo e sendo punidos até enxergarem os seus erros.
 
        Um homem identificado com Édipo, sente um medo arcaico de matar o seu pai toda vez que faz uma aliança incestuosa com a sua mãe.
 
        Incestuoso é tudo o que faz um filho/a não se portar como filho/a na relação com os seus pais.
 
        Se esta fase do seu desenvolvimento e do seu lugar de força na relação com os pais não for apreendida, seu “crime” não será apenas a relação fora do lugar com a mãe, mas a sensação, inconsciente, de brigar até a morte com um rival, a fonte da sua própria vida, o seu pai.
 
        Esse é o substrato de algumas depressões persistentes; de ficar sem tesão, dinheiro e trabalho para levar a vida em frente; de trocar uma boa esposa por uma parceira que vai lhe causar danos etc.
 
        Electra, irmã de Orestes, correu o mesmo risco de se submeter à eterna punição pelo “crime” contra a sua mãe.
 
        E a punição eterna é sempre autoimposta por um/a filho/a que se mantém refém de uma mãe ou pai difíceis, que se projetarão em uma vida difícil, por conta da rivalidade, infantil, que sente contra eles.

        Em outro mito, ao invés do poder oferecido por Hera e a força de um guerreiro lendário, oferecida por Atena, Paris escolhe o amor de Helena, a mulher mais bonita da Terra, casada com o rei de Esparta, oferecida por Afrodite.
 
        Na vida real, um jovem desconhecedor das forças coletivas (as deusas), toma decisões ingênuas que comprometerão seu clã e até uma nação. E pode “matar” o pai, novamente, porque se acha melhor do que ele. 
 
        Uma moça identificada com Helena, “mata a sua mãe”, como Hera e Atena foram desconsideradas, para viver um amor que lhe causará danos. Seu crime não foi o amor, mas ignorar a força do feminino que mantém um reino vivo.
 
        Por isso, não adianta reclamar dos pais se você ainda não confrontou o seu “crime”, porque é ele que mantém os emaranhamentos.
 
        Em resumo, um bordado que despreza as suas linhas comete um crime contra si mesmo.
 
        Qual a solução? 
 
        Não deixar o seu desejo ficar onde não é chamado. 
 
        Ou como dizia o Bert Hellinger: familienstellen, que significa encontrar a posição familiar certa para sua força levar você em frente.
 

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